sexta-feira, 19 de abril de 2024

Uma reflexão sobre relacionamentos

Os tempos mudam e as coisas estão sempre evoluindo.

Quando a monogamia foi estabelecida como modelo padrão de relacionamentos no mundo ocidental, as famílias eram compostas por muitos filhos, o estilo de vida era rural. E mesmo nas cidades, os homens tinham que trabalhar e para que uma família pudesse funcionar de maneira saudável, a mulher deveria estar em casa, cuidando dos filhos e do lar, enquanto o homem saía para trabalhar e conseguir os recursos para manter a família e educar os filhos. Funcionava (mais ou menos).

Atualmente as coisas são diferentes. As mulheres trabalham e tem menos filhos, quando tem.

Os homens não querem mais carregar sozinhos a responsabilidade de conquistar os recursos para manter a família. As crianças crescem com menos contato com a mãe. Enfim, tudo muito diferente.

No entanto, algumas coisas se mantem iguais: as pessoas.

Seres humanos são criaturas complicadas. Somos racionais (ou tentamos ser), mas somos reféns dos nossos instintos e necessidades básicas primitivas, ou seja, por mais racionais que sejamos, ainda dependemos de ar, de comida, de segurança, de companhia e de sexo.

Embora o sexo seja uma necessidade básica para ambos os gêneros, a necessidade sexual é diferente para homens e para mulheres.

Isso começa pela parte física e biológica. As mulheres além de terem que lidar com um maior impacto e desgaste físico durante a relação, elas produzem apenas uma célula sexual por mês, e seus níveis de hormônios que levam a excitação e busca por sexo são muito menores do que nos homens, que produzem milhões de células sexuais por dia e carregam um peso muito menor, tanto durante o ato, quanto no caso de uma eventual gravidez.

Sendo assim, pareceria lógico que um homem tivesse várias mulheres, já que sexualmente ele poderia facilmente satisfazer pelo menos meia dúzia de mulheres. No entanto, poucos homens seriam capazes de sustentar essas mulheres com seus recursos, e seus eventuais filhos. Além de proteger e fazer companhia para todas elas.

Então, temos um problema!

Como encontrar um equilíbrio para que ter um relacionamento monogâmico faça sentido para homens e mulheres?

De um lado, temos os homens, se esforçando para obter mais recursos nesse ambiente super competitivo do mundo corporativo, e frustrados pela falta de sexo. E do outro, temos as mulheres, lutando para se manterem nesse mercado super agressivo, gastando suas energias para obterem recursos, e sem tempo e energia para cuidar de uma família e satisfazer seus companheiros na cama.

Existe uma resposta certa? Provavelmente não.

Na minha opinião pessoal, cada um deve encontrar o seu equilíbrio. Com muitas conversas francas, expor para seus parceiros suas necessidades e ouvir atentamente às críticas para saber aonde e como melhorar, pois, estamos todos juntos nessa.

Todos queremos ter alguém, e precisamos de outra pessoa (ou outras pessoas) para que nossas necessidades sejam atendidas, e ao mesmo tempo, temos que nos colocar na posição de cuidar e atender às demandas dos outros para que todos saiam ganhando e ninguém fique na posição apenas de dar e não receber.

No meu caso, eu concluí que prefiro a companhia de uma pessoa que eu amo, confio, admiro e que seja linda aos meus olhos, do que ter pedaços e momentos de satisfação com pessoas aleatórias. Gosto da sensação de ter alguém que me conhece profundamente, e com quem eu posso contar em qualquer momento. E eu estou disposto a entregar muito para essa pessoa que decida compartilhar sua vida e seu corpo comigo.

Eu tenho minhas demandas e minhas necessidades. Ela tem as demandas dela e as necessidades dela. Sempre falamos sobre isso claramente para que possamos evoluir e descobrir coisas novas, e tem dado muito certo. Então, se você ainda não está plenamente feliz ou não sabe como quer levar a sua vida, recomendo que experimente algo do tipo.

Eu gostaria muito que você, que está lendo, compartilhasse sua visão aqui nos comentários para que eu possa ampliar a minha visão sobre o tema.

Obrigado!



terça-feira, 16 de abril de 2024

Jornada de autoconhecimento

Normal é uma coisa que eu nunca fui.
Nunca puderam dizer isso sobre mim, e nem eu posso dizer até hoje.
Minha criação, meu desenvolvimento, apesar de ter sido em um ambiente saudável e com uma família maravilhosa que sempre me amou muito e me foi super paciente comigo, me levou a desenvolver uma personalidade extremamente neurótica e pervertida.
Eu não saberia disso, nem teria me dado conta do quanto não sou saudável se não tivesse iniciado um processo terapêutico alguns anos atrás e se não tivesse estudado psicanálise.

Acontece que nos últimos anos, primeiro com a ajuda da minha psicanalista, a Rita, e depois com a ajuda inestimável da minha noiva, que nunca me abandonou, por mais difícil que tenha sido se manter ao meu lado depois de conhecer cada canto escuro da minha personalidade, eu consegui, aos poucos ir identificando a origem de cada uma das minhas neuroses e perversões, e ir resolvendo uma a uma.
Ainda falta muita coisa ser reconstruída e ressignificada aqui dentro, mas, hoje me sinto mais leve, pleno, feliz e saudável do que nunca.

A depressão e a ansiedade estão cada vez mais distantes. As perversões também. Com isso minha mente se torna mais leve e com mais espaço para viver o presente e focar nas minhas metas.

A jornada de autoconhecimento é longa e cansativa. Às vezes assustadora e sempre muito desafiadora, mas os benefícios são impagáveis. Tenho muito orgulho de ter chegado até aqui.


 

quinta-feira, 4 de abril de 2024

2 anos e mais uma fase

 

A vida passa rápido demais. Eu sei disso. E por isso estou sempre buscando me conhecer e tentar realizar tudo o que eu desejo realizar em cada fase da minha vida.

Creio que um dos meus maiores medos seja chegar ao final da vida e sentir que eu não vivi tudo o que eu realmente queria viver. Estou indo muito bem até agora.

Eu sinto orgulho da minha história. Pensar de onde eu vim e até onde eu já cheguei. Tudo o que eu fiz, como eu me desenvolvi, as experiências que eu tive. Quando penso sobre a minha vida eu me sinto muito bem.

Alice e eu já estamos juntos há dois anos. Tem sido um período maravilhoso e desafiador, mas recentemente descobrimos que foi mais desafiador do que deveria ser.

Nós nos orgulhamos de sermos os melhores amigos, termos a mente aberta e conversarmos sobre tudo, mas, uma de nossas primeiras conversas foi um grande mal entendido que me causou grande sofrimento e me fez ser mais obssessivo e pervertido do que nunca antes.

Isso me fez alcançar um nível de amadurecimento e autoconhecimento altíssimo, então, creio que realmente alguns males vem para o bem.

Recentemente estávamos pensando em nos separar por conta disso, e conversando novamente, esclarecemos algumas coisas, o que me fez repensar esses últimos anos, e decidir que eu quero continuar vivendo a minha vida com ela.

Ela é a mulher mais incrível e maravilhosa que eu já conheci. É linda, inteligente, divertida e combina demais comigo.

A cada dois anos mais ou menos eu tenho percebido uma mudança de fase na minha vida, e eu já sabia que uma nova fase estava para ser iniciada. E, ter conversas esclarecendo algumas questões, me fez perceber que ela é a pessoa com quem eu quero viver as minhas próximas experiências. Ela é a companhia perfeita para a próxima fase da minha vida.

Passamos dois anos morando no Guarujá, então, viajávamos pouco, pois já estávamos morando na praia, em uma cidade turística. Mas agora que estamos morando em Guarulhos, meu plano é começarmos a viajar mais e conhecermos primeiro o Brasil e depois o mundo.


Uma reflexão sobre relacionamentos

Os tempos mudam e as coisas estão sempre evoluindo. Quando a monogamia foi estabelecida como modelo padrão de relacionamentos no mundo ocide...