domingo, 8 de dezembro de 2019

Depressão e ansiedade

Nunca achei que fosse passar por isso, mas desde que minha priminha Sabrina se foi, muita coisa dentro de mim mudou.

Do meu ponto de vista, a perda de uma pessoa que eu amo tanto, foi um gatilho para tudo o que aconteceu depois. Muitas coisas na minha vida já estavam me incomodando a muito tempo, mas eu não estava me dando conta delas, eu mantinha um sorriso no rosto, meu otimismo inabalado, e simplesmente seguia em frente ignorando o que estava em incomodando.
Mas, com o baque que eu sofri com a perda dela, eu não pude mais manter o sorriso, e todas as coisas que vinham me incomodando nesses últimos anos, de repente, começaram a se tornar mais claras e evidentes, impossíveis de ignorar.

Logo no início do ano, eu percebi que eu precisava resolver todas essas situações, e a única forma de fazer isso, seria me isolando. Eu preciso ficar sozinho, para voltar a ser eu mesmo, pensar por mim, decidir por mim, e fazer o que eu preciso fazer para ser feliz de novo.
Eu percebi que, não era apenas eu que não estava bem, mas meus filhos também, e minha companheira também não estava. A dinâmica da minha família não estava funcionando.
Meu filho mais velho e minha companheira não se suportam, e o conflito de suas personalidades deixa um clima chato e pesado em casa, e isso não faz bem para o meu filho pequeno e também me incomoda demais.

Cheguei a conclusão de que a única forma de voltar a ter paz e felicidade, seria me separando e ficando sozinho em casa com meu filho mais velho, enquanto ela se muda com nosso filho pequeno. Eles são extremamente ligados e parecidos, assim como eu sou com meu primeiro filho.
Doeu muito chegar a essa conclusão, porque isso significa que eu terei de me afastar um pouco do meu pequeno, que é o meu super-herói preferido. Eu o amo tanto, e vai doer muito para nós dois, mas eu tenho certeza de que isso vai ser melhor para ele também. Não tem como ser feliz e saudável vivendo num clima tenso como esse que temos aqui atualmente.

Resolvido o problema que estava me causando a depressão, acertada a separação, ainda temos que esperar pelo fim do ano, para não estragar o ano letivo do pequeno e também para não estragar a viagem de final de ano que sempre fazemos com a minha família.

Agora o que não me deixa em paz é a ansiedade. Estou vivendo em 2019 com a cabeça lá em 2020. Não sou feliz agora, mas serei quando realizar o que planejamos. Não tem como aproveitar o momento, porque os momentos são péssimos, pesados. Eu não posso tentar fazer o meu filho feliz, sem que isso incomode ela, e não posso tentar fazê-la feliz sem que isso incomode ele. Então, resumindo, estamos todos infelizes até o final do ano, e não tem nada que possa mudar isso, apenas a passagem do tempo.

Hoje eu me sinto como um animal enjaulado. Eu preciso correr, preciso pular, preciso voar, e não tenho espaço nem para esticar minhas pernas. É sufocante, eu sinto vontade de gritar e sair quebrando tudo. A única coisa que me impede de fazer isso, e manter a mente no final do ano, quando ela se muda e eu posso sair dessa jaula apertada e sufocante.

domingo, 10 de novembro de 2019

Quem eu sou?

Completando quase 8 anos de relacionamento. Dois anos morando aqui na zona sul de São Paulo.
Finalmente estou levando uma rotina de exercícios físicos e de estudos à sério.

Eu costumava ser o rei da procrastinação, sempre levando as coisas no improviso, e agora eu sou praticamente uma referência para os meus amigos em relação a foco, determinação, metas e estudos. Adoro isso.
A grande vantagem de estudar a teoria das coisas, é que você tem mais segurança na hora de tomar decisões, e não precisa baixar a cabeça quando algum sabichão vem com algum termo técnico para impressionar.

Eu gosto da pessoa que eu estou me tornando. Estou muito mais consciente de quem e do que eu sou. E é muito bom não precisar mentir, nem fingir e nem me esconder. Minha vida toda tem sido uma constante fuga do que eu realmente sou.

Depois que conversamos e eu tracei essa nova meta, troquei a depressão pela ansiedade. Pois já estou com a minha cabeça vivendo lá em 2020, quando inicio essa nova fase da minha vida.

As metas que tenho agora são terminar esse curso que estou fazendo e já emendar com o bacharelado e uma pós-graduação. Me vejo daqui 10 anos como doutor em Inteligência Artificial.

No trabalho, minhas reclamações constantes finalmente surtiram algum efeito. E eu estou mudando de equipe, saindo do front-end para a equipe de sistemas, responsável pelos sistemas que ficam rodando nos servidores e alimentando os dados dos clientes para a empresa. Estou bem feliz com isso.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Relacionamento Aberto

Sempre senti uma grande necessidade em fazer novas amizades, sobretudo de mulheres.
Desde que me entendo por gente que flertar me trás uma sensação de prazer, me sinto feliz fazendo esse jogo de sedução e conquista. Faz parte da minha natureza.
Acontece que eu raramente estive solteiro durante toda a minha vida adulta, então, esses jogos de sedução sempre tiveram que acontecer de forma escondida, e é muito cansativo ter essa "vida dupla".

Recentemente com a depressão que eu estive desenvolvendo, eu resolvi acabar com essa necessidade de "esconder" uma parte tão importante da minha natureza. Eu me abri com minha companheira, e contei pra ela como me sinto realmente.
Eu a amo muito, mas isso não me impede de me interessar e até me apaixonar por outras mulheres, sem deixar de ter os mesmos sentimentos por ela.

Foi difícil a princípio, mas se ela não me aceitasse assim, eu teria que me separar, pois minha depressão estava demandando medidas extremas para ser evitada.

Enfim, atualmente estamos vivendo esse relacionamento aberto, mas nada mudou na prática.
A diferença é que eu não preciso mais mentir e nem fingir que não tenho interesse em outras mulheres.
Ela sabe que eu converso e flerto, e que eventualmente podemos acabar tendo contato físico com outras pessoas, mas isso não é algo que deva acontecer, e certamente não acontecerá frequentemente.

A sensação de não precisar esconder e nem mentir para uma pessoa que eu amo tanto é maravilhosa. Me sinto ótimo nesse sentido, como nunca antes na minha vida.

Ciúmes, fidelidade e sentimento de posse só trazem infelicidade para a vida das pessoas. Ninguém é dono de ninguém.
Só temos uma vida e temos a obrigação de vivê-la da melhor forma que formos capazes. Sem crises, sem ciúmes e sem nos limitarmos por ninguém.

domingo, 17 de março de 2019

A única constante é a mudança

E agora quando tudo parece bem e tranquilo (e realmente está), é que minha mente conseguiu trazer do fundo do inconsciente coisas que vinham me incomodando há muito tempo. Coisas pequenas mas que tem me mantido em constante estado de inquietude ao longo dos últimos anos.

Eu queria conquistar uma vida tranquila com uma família e meus filhos, e eu já consegui isso. Agora eu mudei (me julguem).
Eu mudei sim, e não me envergonho disso. Mudar é uma das mais maravilhosas características da vida. Eu mudei e agora eu quero me reinventar novamente.

Eu quero ser eu, apenas eu. Quero um tempo para mim, para sair, conhecer pessoas, descobrir coisas novas. Eu quero isso.
Tenho 37 anos, eu estou vendo o que eu tenho pela frente, e eu percebo que ainda tem muitas coisas que eu quero viver e fazer, e para isso eu preciso ser eu, apenas eu.

Meus filhos não me limitam em nada nesse sentido, mas estar em um relacionamento, mesmo um relacionamento aberto, sim. E isso eu não posso mais permitir. Eu quero ser eu.

Temos conversado sobre isso quase todos os dias, mas ela não está aceitando bem. Ela tem medo de sair e de ser apenas ela. É muita insegurança.
Mas a minha vida é minha e eu tenho a obrigação de fazer o que eu tenho que fazer. Colocar a minha vontade acima de tudo, pois só eu posso fazer isso e eu só posso fazer isso agora. Pois o tempo passa e não volta, e agora é a minha vez.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Resumo 2018

Mesmo atrasado acho válido deixar aqui um registro sucinto sobre os acontecimentos do meu ano de 2018. Serei breve.

Profissionalmente eu passei o ano todo trabalhando na mesma empresa. A empresa que cria jogos e na qual eu ajudei a desenvolver o projeto mais importante no qual eu já trabalhei.
Depois de me mudar para ficar próximo a empresa, faz sentido que eu passe mais tempo por aqui.
Durante todo o ano eu mantive a rotina de estudos constante, sobretudo os tópicos que envolvem a minha profissão. Eu estava me preparando para fazer um teste para uma empresa internacional. Para isso, mantive a rotina de estudo e prática de inglês também. O inglês que foi o que eu mais senti que evoluiu durante esse ano.

Voltei a fazer faculdade. Na verdade iniciei um curso novo EAD de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Com 2,5 anos de duração.

Meu carro deu problemas logo no início do ano (Captiva), e passou a maior parte do ano parado. A virada do ano ele estava ainda na oficina.

Eu me dediquei bastante ao estudo de política e sociologia, para entender melhor como funciona a nossa sociedade. Até me interessei por entrar para política, e terminei o ano com o objetivo de me tornar vereador de São Paulo em 2020 pelo PDT.

Esse ano uma grande tragédia caiu sobre minha família, e nós perdemos minha prima mais querida, a Sabrina, meu amorzinho. Uma dor que jamais será curada completamente.
Quem me conhece de perto sabe que essa menina era uma das pessoas mais próximas e uma das pessoas que eu mais amo nessa vida.
Me lembro dela bebezinha ainda, criança, e ela partiu ainda adolescente. Nem chegou a conhecer o mundo real como adulta. Isso não é justo!

Meus filhos estão bem, assim como a minha querida Ângela, e toda a minha família.

Uma reflexão sobre relacionamentos

Os tempos mudam e as coisas estão sempre evoluindo. Quando a monogamia foi estabelecida como modelo padrão de relacionamentos no mundo ocide...