Os tempos mudam e as coisas estão sempre evoluindo.
Quando a monogamia foi estabelecida como modelo padrão de relacionamentos no mundo ocidental, as famílias eram compostas por muitos filhos, o estilo de vida era rural. E mesmo nas cidades, os homens tinham que trabalhar e para que uma família pudesse funcionar de maneira saudável, a mulher deveria estar em casa, cuidando dos filhos e do lar, enquanto o homem saía para trabalhar e conseguir os recursos para manter a família e educar os filhos. Funcionava (mais ou menos).
Atualmente as coisas são diferentes. As mulheres trabalham e tem menos filhos, quando tem.
Os homens não querem mais carregar sozinhos a responsabilidade de conquistar os recursos para manter a família. As crianças crescem com menos contato com a mãe. Enfim, tudo muito diferente.
No entanto, algumas coisas se mantem iguais: as pessoas.
Seres humanos são criaturas complicadas. Somos racionais (ou tentamos ser), mas somos reféns dos nossos instintos e necessidades básicas primitivas, ou seja, por mais racionais que sejamos, ainda dependemos de ar, de comida, de segurança, de companhia e de sexo.
Embora o sexo seja uma necessidade básica para ambos os gêneros, a necessidade sexual é diferente para homens e para mulheres.
Isso começa pela parte física e biológica. As mulheres além de terem que lidar com um maior impacto e desgaste físico durante a relação, elas produzem apenas uma célula sexual por mês, e seus níveis de hormônios que levam a excitação e busca por sexo são muito menores do que nos homens, que produzem milhões de células sexuais por dia e carregam um peso muito menor, tanto durante o ato, quanto no caso de uma eventual gravidez.
Sendo assim, pareceria lógico que um homem tivesse várias mulheres, já que sexualmente ele poderia facilmente satisfazer pelo menos meia dúzia de mulheres. No entanto, poucos homens seriam capazes de sustentar essas mulheres com seus recursos, e seus eventuais filhos. Além de proteger e fazer companhia para todas elas.
Então, temos um problema!
Como encontrar um equilíbrio para que ter um relacionamento monogâmico faça sentido para homens e mulheres?
De um lado, temos os homens, se esforçando para obter mais recursos nesse ambiente super competitivo do mundo corporativo, e frustrados pela falta de sexo. E do outro, temos as mulheres, lutando para se manterem nesse mercado super agressivo, gastando suas energias para obterem recursos, e sem tempo e energia para cuidar de uma família e satisfazer seus companheiros na cama.
Existe uma resposta certa? Provavelmente não.
Na minha opinião pessoal, cada um deve encontrar o seu equilíbrio. Com muitas conversas francas, expor para seus parceiros suas necessidades e ouvir atentamente às críticas para saber aonde e como melhorar, pois, estamos todos juntos nessa.
Todos queremos ter alguém, e precisamos de outra pessoa (ou outras pessoas) para que nossas necessidades sejam atendidas, e ao mesmo tempo, temos que nos colocar na posição de cuidar e atender às demandas dos outros para que todos saiam ganhando e ninguém fique na posição apenas de dar e não receber.
No meu caso, eu concluí que prefiro a companhia de uma pessoa que eu amo, confio, admiro e que seja linda aos meus olhos, do que ter pedaços e momentos de satisfação com pessoas aleatórias. Gosto da sensação de ter alguém que me conhece profundamente, e com quem eu posso contar em qualquer momento. E eu estou disposto a entregar muito para essa pessoa que decida compartilhar sua vida e seu corpo comigo.
Eu tenho minhas demandas e minhas necessidades. Ela tem as demandas dela e as necessidades dela. Sempre falamos sobre isso claramente para que possamos evoluir e descobrir coisas novas, e tem dado muito certo. Então, se você ainda não está plenamente feliz ou não sabe como quer levar a sua vida, recomendo que experimente algo do tipo.
Eu gostaria muito que você, que está lendo, compartilhasse sua visão aqui nos comentários para que eu possa ampliar a minha visão sobre o tema.
Obrigado!